O eflúvio telógeno é desencadeado por alterações ao ciclo de crescimento dos fios causadas por diversos desequilíbrios hormonais e pode manifestar-se de forma aguda ou crónica. Embora não seja um problema crítico para a saúde, esta é uma condição difícil de antecipar e resulta numa perda de cabelo excessiva nos meses seguintes à ocorrência do distúrbio.
Eflúvio telógeno: possíveis causas
O eflúvio telógeno é uma resposta do couro cabeludo à destabilização do ciclo natural dos fios. Dos cerca de 100 000 cabelos que possuímos, perto de 85% encontram-se na fase de crescimento (anágena), ao passo que entre 10% e 15% encontram-se na fase de queda (telógena) para dar lugar aos novos fios. Por este motivo, perdemos aproximadamente 100 fios por dia, mas quando o normal funcionamento do ciclo capilar é condicionado, isso reflete-se num aumento da queda que, neste caso, passa a situar-se nos 600 cabelos por dia.
O eflúvio telógeno pode prolongar-se por alguns meses e não provoca qualquer desconforto físico, ainda que possa assumir a forma crónica se as alterações hormonais forem permanentes. Na maioria dos casos, é possível identificar a causa do desequilíbrio e combater diretamente a raiz do problema, mas em cerca de 1/3 dos casos, a causa do eflúvio telógeno não consegue ser determinada. Em termos gerais, esta condição pode ser desencadeada por fatores como:
- Pós parto
- Menopausa e andropausa
- Alterações ao regime alimentar
- Problemas na tiroide
- Doenças infeciosas
- Febre elevada
- Medicação
- Má qualidade do sono
- Stress
Cuidados preventivos contra o eflúvio telógeno
Dado que esta condição é uma resposta do couro cabeludo a distúrbios hormonais que nem sempre controlamos, não há como preveni-la completamente. Situações mundanas como contrair uma gripe acarreta, desde logo, três potenciais fatores desencadeantes: é uma doença infeciosa que provoca febre e requer a toma de medicação. Assim sendo, a prevenção contra o eflúvio telógeno foca-se em nutrir o couro cabeludo para torná-lo mais resistente a uma eventual desregulação do ciclo capilar.
Alguns cuidados a adotar consistem em manter uma alimentação equilibrada, fazer uma boa gestão do stress e da higiene do sono, lavar o couro cabeludo com a frequência adequada para o tipo de cabelo e escovar os fios diariamente para remover as células mortas. Caso o cabelo seja naturalmente quebradiço ou pouco hidratado, existem diversos tónicos e suplementos vitamínicos para reforçar a saúde do couro cabeludo e retardar a queda. Gestos como estes ajudam a atenuar os danos provocados por esta e outras condições capilares.
Identificar e combater o eflúvio telógeno
Esta condição manifesta-se quase exclusivamente através da queda de cabelos excessiva, mas não costuma resultar em peladas visíveis, pelo que nem sempre é fácil de identificar. Assim, é importante prestar atenção a pormenores como a quantidade de fios presentes no ralo do chuveiro, na escova de pentear ou mesmo na almofada de dormir. A queda excessiva de cabelo provocada por eflúvio telógeno costuma iniciar-se três meses após o desencadeamento do distúrbio. Caso tenha passado por alguma mudança com impacto hormonal no último trimestre antes da queda, poderá ser esse o motivo.
Em pessoas saudáveis e que tenham simplesmente contraído uma gripe ou que tenham sido medicadas para situações pontuais, o problema deverá resolver-se gradualmente com a natural reposição do ciclo capilar, que pode durar entre 6 e 9 meses. No caso de alterações hormonais permanentes, quer provocadas pela idade, quer por doenças crónicas, somente o médico pode determinar se é algo que pode ser resolvido com reforços vitamínicos e ajustes à rotina, ou se é necessária intervenção clínica.
Reverter permanentemente a queda com implantes capilares
Embora os efeitos nocivos do eflúvio telógeno sejam revertidos com o passar o tempo, esta condição pode agravar outros problemas preexistentes, como irritações no couro cabeludo ou alopecia androgénica. Quando condições desta natureza se tornam uma constante, podem causar danos permanentes aos folículos pilosos. Neste caso, tratamentos com tónicos, injeções ou sessões a laser tornam-se menos benéficos, senão ineficazes, já que requerem que um número dos folículos existentes seja viável para o crescimento capilar.
Por esta razão, a única forma de reverter os danos permanentes da queda de cabelo eficazmente e com resultados naturais é recorrer a transplantes capilares. O objetivo do procedimento é precisamente o de criar novos folículos através de incisões, onde são plantadas unidades pilosas cuidadosamente extraídas de uma área doadora viável. Este procedimento é bastante procurado para preencher áreas calvas e aumentar a densidade capilar em geral.
Onde realizar implantes com segurança
Fundada em 2011 pelo conceituado Dr. Levent Acar, a clínica Cosmédica é especializada em transplantes capilares para o couro cabeludo e pelos faciais. Atualmente, somam-se mais de 19 000 implantes realizados com uma taxa de sucesso de 98%, havendo três abordagens possíveis para o procedimento:
Follicular Unit Extraction: na técnica FUE, as unidades pilosas da área doadora são removidas individualmente através de micro punção e replantadas na área afetada pela queda com pinças.
Direct Hair Implantation: a técnica DHI consiste em usar uma caneta própria, conhecida como Implanter Pen, para remover e replantar as unidades pilosas. O interior da caneta tem uma proteção que envolve as raízes, evitando que se quebrem.
DHI Sapphire: a extração é feita com FUE, mas com recurso a micro-lâminas de safira, um material que acelera a cicatrização e previne infeções pós-operatórias. As unidades pilosas são depois replantadas com a Implanter Pen.
Para garantir que os implantes são clinicamente viáveis, os pacientes dispõem de uma avaliação médica gratuita. O preçário distribui-se por três pacotes orçamentais, que variam conforme as técnicas usadas.
Resultados esperados
Ao serem replantados no couro cabeludo, os novos folículos capilares demoram algum tempo até estarem devidamente nutridos e preparados para serem completamente assimilados pelo ciclo de crescimento dos fios. Esse processo apenas fica visível alguns meses após a cirurgia, sendo que, ao final do primeiro ano, os enxertos pilosos deverão estar devidamente integrados e produzir cabelo de forma orgânica. Devido ao trabalho meticuloso que este procedimento requer, o resultado final é uma cabeleira preenchida com um aspeto 100% natural.
Conclusão
O eflúvio telógeno é um problema que, por si só, não apresenta riscos a longo-prazo, podendo ser controlado com ajustes na rotina para regularizar o sistema hormonal e reforçar a saúde capilar. Os danos da queda de cabelo provocados por esta condição apenas se tornam permanentes quando acumulados com problemas mais severos, pelo que é da maior importância monitorizar a queda e, se necessário, procurar ajuda médica. Caso os danos sejam irreversíveis devido à inatividade dos folículos pilosos, os implantes capilares tornam-se na única opção para devolver o cabelo às áreas calvas ou com menos densidade.