A alopecia androgenética, popularmente conhecida por “calvície”, é uma condição que resulta das alterações hormonais ocorridas perto da andropausa. Este tipo de alopecia ocorre devido à ação dos andrógenos (hormônios masculinos) nos folículos pilosos geneticamente predispostos, que reagem às hormonas com atrofia progressiva. Embora seja mais comum nos homens, este problema afeta pessoas de ambos os sexos, sendo expectável que até 80% dos homens e 40% das mulheres venham a debater-se com esta condição.
Possíveis causas da alopecia androgenética
As causas da alopecia androgenética não foram ainda totalmente apuradas, mas é seguro afirmar que o problema se deve a predisposições genéticas que apenas se manifestam em idade adulta ou avançada. Com o passar do tempo, os folículos capilares tornam-se mais sensíveis aos andrógenos, especialmente à dihidrotestosterona (DHT), resultando numa fase anágena (fase de crescimento) mais curta. A esmagadora maioria dos nossos fios de cabelo, entre 80% a 90%, encontra-se nessa fase do ciclo capilar, sendo que 5% encontra-se em fase catágena (fase de transição) e os restantes em fase telógena (fase de repouso).
Isto significa que esta alopecia interfere diretamente no ciclo capilar, levando a uma perda de cabelo completamente desproporcional à queda resultante da natural regeneração dos fios. Não é certo qual o fator desencadeante da calvície, mas sabe-se que a enzima 5a-redutase pode desempenhar um papel na resposta dos folículos aos andrógenos, já que é responsável por converter testosterona em DHT. É de frisar que fatores como o consumo de álcool, uso de drogas ou uma dieta desequilibrada podem gerar este tipo de desequilíbrios hormonais, mesmo em pessoas sem essa predisposição genética.
Sintomas da alopecia androgenética em homens e mulheres
O efeito mais comum da alopecia androgenética consiste na queda de cabelos excessiva, resultando não necessariamente em peladas, mas na perda de densidade capilar, que começa depois a alastrar-se para as margens do couro cabeludo. Os padrões de queda costumam diferir de homens para mulheres. No caso dos homens, a perda altera visivelmente a linha do cabelo, abrindo as entradas, ocorrendo também no topo da cabeça. No caso das mulheres, a queda tende a ser mais difusa e costuma ficar-se pelo topo da cabeça.
O diagnóstico deste tipo de alopecia pode ser feito com uma simples avaliação médica, embora seja comum solicitar uma triscopia para uma análise detalhada do estado dos fios. Nalguns casos, é pedida uma biopsia para assegurar que não existem outras condições associadas, como dermatite seborreica e outras doenças inflamatórias do couro cabeludo. É também comum analisar o histórico familiar para apurar se a pessoa é geneticamente predisposta a sofrer de calvície.
Principais tratamentos para a alopecia androgenética
A calvície é um problema sem cura, mas pode ser controlada e até mitigada quando o diagnóstico é feito precocemente. Para tal, é importante prestar atenção aos sinais e consultar um médico dermatologista logo aos primeiros sintomas. As opções de tratamento variam conforme o nível de gravidade, assim como o género, idade e historial clínico, dividindo-se em:
- Bloqueadores hormonais
- Produtos como Minoxidil ou Finasterida
- Medicamentos orais como Espironolactona ou Ciproterona
- Terapia a laser
Estes tratamentos devem iniciar-se o quanto antes, pois a sua eficácia depende do quão avançada a condição se encontra. Os resultados procuram sobretudo manter a vitalidade capilar e impedir que a queda se alastre, mas a sua ação não consegue reparar os folículos permanentemente danificados.
Transplantes capilares para pessoas com alopecia androgenética
Os transplantes capilares são uma opção perfeitamente viável para pessoas com alopecia androgenética com a sua situação clínica controlada. Esta é a única solução para voltar a ter cabelo nas partes calvas, algo que vai para além das capacidades dos tratamentos referidos. O procedimento consiste em remover unidades pilosas de uma área doadora e implantá-las em micro-incisões feitas nas áreas afetadas. Ao receberem os enxertos pilosos, as incisões passam a atuar como folículos, permitindo que o cabelo cresça de novo em zonas onde tal não acontecia.
O Dr. Levent Acar é um dos pioneiros na técnica de Extração de Unidade Folicular (FUE) com micro-lâminas de safira, um material que é menos propenso a complicações pós-operatórias e que promove uma cicatrização mais rápida dos tecidos. Com mais de 16 anos de experiência, o Dr. Acar é também o fundador da Cosmédica, uma clínica sediada em Istambul especializada em transplantes capilares, que possui atualmente uma taxa de sucesso de 98%. Os custos do procedimento variam conforme o pacote escolhido, havendo três pacotes à disposição, mas o procedimento é sempre feito com duas técnicas principais:
FUE: é usada para a extração e consiste na remoção individual das unidades pilosas com lâminas de safira.
Implanter Pen: trata-se de uma ferramenta semelhante a uma caneta com uma agulha na extremidade, usada para implementar os fios.
Resultados esperados
Desde que todas as recomendações médicas tenham sido cumpridas, os enxertos pilosos deverão estar completamente incorporados no couro cabeludo ao fim de um ano. O ciclo do cabelo é então regularizado com os novos fios naturalmente integrados, resultando numa cabeleira preenchida e sem resquícios da intervenção.
Conclusão
A alopecia androgenética é inevitável para pessoas com essa predisposição genética. Sem um diagnóstico precoce, esta condição pode causar alterações permanentes à densidade capilar e à linha do cabelo, pelo que é fundamental ficar atento aos sintomas e procurar ajuda médica logo aos primeiros sinais. Caso os danos provocados pela queda se tornem permanentes, os transplantes capilares são a única forma segura de tornar a usufruir de uma cabeleira densa e preenchida.